PO bullying olítico raramente é tão brutal quanto no Brasil nesta semana, quando o ministro do Meio Ambiente, Marina Silva, foi emboscada em uma reunião do Senado. Seus atormentadores agitados-todos os políticos brancos do Comitê de Infraestrutura-se revezaram para menosprezar a mulher negra de 67 anos, que fez mais do que qualquer um para proteger a riqueza natural do país-a floresta amazônica, pântanos de pantanais, Cerrado Savannah e outras biomas-de abusos rápidos.
Um por um, eles se alinharam para atacá -la por esses esforços globalmente importantes. O decoro deu lugar a xingar e zombar: “Conheça o seu lugar”, rugiu o chefe do comitê, Marcos Rogétio, um bolonarista que cortou o microfone de Silva enquanto tentava responder. A líder do centro-direita, Plínio Valétio, disse a ela que não merecia respeito como ministra. O senador da Amazonas Omar Aziz – do Partido Centroo e um defensor do presidente Lula – conversou sobre ela repetidamente.
Seus motivos pareciam parcialmente ideológicos, parcialmente misóginos e amplamente interessados. Todos eles estavam tentando forçar através de projetos econômicos – estradas, campos de petróleo, barragens ou plantações – que estão sob escrutínio pelo ministério do meio ambiente de Silva. Não importa que este seja o trabalho dela, eles pareciam dizer, como ela não ousa permitir que eles tenham o que querem?
Mas ela ousou. Apesar de seu físico frágil, Silva é uma lutadora. Nascida na floresta amazônica, ela ajudou a fundar o partido dos trabalhadores ao lado de Lula durante a era da ditadura militar. Ela fez campanha contra o desmatamento ao lado de Chico Mendes, que foi assassinado em 1988. Em sua primeira passagem como ministra do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008, estabeleceu um sistema de monitoramento e pintura que, segundo ela, reduziu a liberação florestal em 80%. Mais tarde, ela concorreu como presidente do Partido Verde, garantindo quase 20 milhões de votos – mais do que qualquer outro candidato verde na história do mundo. Doze anos atrás, ela fundou seu próprio partido – a Rede de Sustentabilidade.
Silva se recusou a tolerar ser abusado e silenciado e saiu da reunião do Senado. Do lado de fora, quando ela finalmente teve a chance de falar, ela ligou seus atormentadores: “Meu lugar é o lugar para defender a democracia, meu lugar é o lugar para defender o meio ambiente, para combater projetos de desigualdade, desenvolvimento sustentável, para proteger os projetos de biodiversidade e infraestrutura necessários para o país”, disse ela desafiadoramente. “O que é inaceitável é que alguém pense que, porque você é uma mulher, preta e vem de um fundo humilde, que você vai dizer quem eu sou e ainda dizer que devo ficar em meu lugar. Meu lugar é onde todas as mulheres deveriam estar.”
Esta versão do que aconteceu foi relatada amplamente na mídia brasileira, mas conta apenas parte da história. O que está faltando – e mais importante – é por que o pacote de senadores sentiu que Silva estava vulnerável. Isso ocorre porque, nos dias anteriores, Lula havia tomado o lado da indústria do petróleo e não a floresta amazônica, e então – não por coincidência – o movimento ambiental brasileiro sofreu uma das maiores derrotas legislativas em sua história.
No centro de tudo, há uma fila de longa duração sobre a exploração de petróleo no foz do Amazonas. A BP e a empresa petrolífera francesa total costumavam manter a maioria desses direitos, mas eles se depararam com o desafio político e ambiental de perfurar tão perto do maior centro de biodiversidade terrestre do mundo. Em vez disso, a empresa de petróleo estatal do Brasil, Petrobras, avançou. Para Lula – e os senadores nas regiões próximas – isso significava votos potenciais, empregos e ganhos de exportação. A única coisa que está em seu caminho foi o Ministério do Meio Ambiente, que atrasou uma licença por anos devido aos riscos de um possível derramamento em uma área tão ecologicamente sensível.
Esse freio de mão foi levantado no início desta semana, quando o chefe do regulador ambiental, Ibama, ignorou os avisos de 29 consultores especializados, passando para o próximo estágio do processo de aprovação para operações no Foz do Amazonas. Essa capitulação seguiu a pressão do Congresso e do Presidente.
Isto foi seguido pelo maior revés legislativo para o meio ambiente em mais de 40 anos. Para o deleite das indústrias de mineração, construção e agricultura, o Senado aprovou um projeto de lei longo que retira uma série de poderes de licenciamento ambiental do ministério de Silva. Essa legislação-apelidada de Lei de Devastação pelos adversários-permite que as empresas se auto-licenciem ou evitem licenciamento ambiental para construção de estradas, construção de barragens e outros projetos. É uma mudança de controle dos representantes do povo para os executivos de grandes empresas.
Lula ainda poderia exercer um veto nessa conta. Mas até agora a resposta do presidente foi morna. Seu partido tem uma presença fraca no Congresso, então ele depende de uma coalizão ampla e fratiosa, muitos dos quais os membros estão enredados em agronegócio ou mineração. A eleição presidencial do próximo ano parece estar pesando em sua mente mais do que a cúpula climática do COP30 de novembro em Belém.
Após os ataques a Silva pelo Comitê de Infraestrutura do Senado, Lula veio publicamente em sua defesa. Ele disse que ela estava certa em sair diante de tanta provocação. Mas ele não enfrentou sua responsabilidade por deixá -la exposta. Ele também não enfrentou as contradições de sua própria promessa de alcançar zero desmatamento até 2030 e seu apoio a projetos evidentemente incompatíveis, como a perfuração de petróleo na costa da Amazônia, uma estrada BR319 atualizada que abriu a floresta entre a manobra e o porto a mais atividades de liberação e uma nova planagem de grão que aumentaria.
Após a promoção do boletim informativo
Na cúpula da Amazon, em Belém, há dois anos, ele se recusou a se inscrever no presidente do presidente colombiano, Gustavo Petro, os pedidos de uma floresta tropical sem fósseis. Logo depois, na COP28 em Dubai, seu governo chocou muitos de seus apoiadores ao anunciar que se juntaria ao cartel de petróleo da OPEP+. Lula pode argumentar que isso é pragmatismo, pois o Brasil depende das vendas de petróleo para uma parcela crescente de seu PIB. É provável que o Fossil Fuel RealPolitik seja evidente em uma cúpula do BRICS no Rio de Janeiro em julho, onde o presidente brasileiro esfregará os ombros com o XI Jinping da China, da China, Vladimir Putin, da Índia, Narendra Modi e outros líderes mundiais.
Lula jogou Marina Silva sob uma batedeira de cimento uma vez antes-em 2008, quando foi forçada a deixar seu governo de segundo mandato, porque muitos ministros a viram como um arrasto no desenvolvimento econômico. Ele pode se sentir relutante em fazê -lo novamente antes da COP30, porque sabe que ela é vital para a credibilidade ambiental do Brasil aos olhos de grande parte do mundo, e ele não quer que seu país retorne ao status de pária que sofreu durante os anos de Bolsonaro. Mas as areias estão mudando e Lula parece inseguro de seu pé.
Sua base – a classe trabalhadora e os pobres – já está sofrendo o impacto dos impactos climáticos. O sul do Brasil foi inundado por inundações devastadoras. A Amazônia do norte foi atingida por secas e incêndios recordes.
A sociedade civil e os pensadores progressistas – quase todos os quais geralmente apóiam Lula – têm sido muito mais ativos do que o presidente em se opor à lei de devastação e na defesa do ministro do Meio Ambiente nas mídias sociais, onde muitas figuras públicas publicaram mensagens de apoio “Marina não estão sozinhas”.
Mas, como muitos outros líderes de esquerda do centro do mundo, Lula está lutando na era de Trump, do extremismo de direita, de alojamento quente, de realinhamento geopolítico e retorno corporativo no meio ambiente. Como Silva mostrou, é preciso coragem para enfrentar essas forças. Lula costuma estar ao seu lado nessa luta, mas ele ainda tem o estômago e a inclinação para continuar?