De acordo com uma irmã do pedreiro José Basílio da Silva, de 57 anos (FOTO), ele morreu pelas mãos do filho, Alisson, que saiu de Vilhena para fazer a execução. O motivo do aparente ódio dele por José é o fato de o pai ter acionado a polícia após suas ameaças contra familiares.
Conforme o relato da entrevistada, há cerca de oito meses Alisson enfrenta graves transtornos psiquiátricos, quando passou a dizer que possui uma agenda na qual anotou que mataria o pai, a mãe e uma das irmãs, que mora em Vilhena.
Duas semanas atrás, em mais um surto, quando ameaçou matar a irmã em Vilhena e depois exterminar os pais, o rapaz foi internado no Hospital Regional, de onde fugiu durante o tratamento. Após deixar por conta própria a unidade de saúde, ele foi para o sítio do pai e, lá, matou uma vaca a marretadas.
Apesar do visível estado mental do filho, Basílio o ajudou a carnear o animal. Alisson saiu da propriedade levando parte da vaca e trouxe a carne para Vilhena. O pai aproveitou o restante e cavou um buraco no sítio, onde enterrou a cabeça, o couro e a barrigada.
Ontem, ao saber que o rapaz havia ido para Colorado cumprir a promessa de matar o pai, a irmã avisou por telefone a mãe, que está em Porto Velho acompanhando outra filha que teve bebê prematuro. Ela tentou ligar, mas o marido já estava no sítio, onde não pega sinal de celular.
Quando os familiares notaram a demora do pedreiro para voltar do sítio, onde ele havia ido apenas para tratar dos animais, registraram uma queixa na polícia e seguiram para a propriedade. Lá, quando perceberam vestígios de sangue, ligaram para a polícia, que prendeu o principal suspeito em Vilhena.
Alisson, que a princípio negou o assassinato, foi levado até o sítio, onde acabou confessando o crime. Ele também mostrou a cova onde estava o corpo. Era o mesmo buraco cavado pela vítima para enterrar partes da vaca morta a marretadas.
Segundo a tia entrevistada, Alisson enfrenta problemas com drogas desde que era menor de idade. Segundo ela, já na maioridade, o sobrinho passou a integrar uma facção criminosa que o encarregou de matar uma pessoa em Vilhena, o que ele fez, e chegou a ser preso, mas foi solto pouco tempo depois.
Os familiares atribuem os problemas mentais do assassino confesso ao exagerado consumo de drogas.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação