Motorista de aplicativo que participou de manifestações em Rondônia continua preso



Um motorista de aplicativo que foi abordado e preso na praça dos pioneiros na tarde de sexta-feira (30/12) na área central, permanece preso na cadeia pública de Cerejeiras. Nos próximos dias ele deverá ser transferido para o presidio de Colorado do Oeste (RO).
 
Segundo apurado pela equipe de reportagem do portal eletrônico Gazeta Rondônia, o homem de 40 anos é morador de Cerejeiras, onde trabalha como motorista de aplicativo. Ele é acusado de participar de manifestações que bloquearam a BR 435 no município de Colorado do Oeste.

A ação conjunta entre o MP-RO, com apoio dos Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) e de Segurança Pública (GAESP) e as forças de segurança ocorreu na tarde desta sexta-feira feira, (30), com o objetivo desarticular associação criminosa e cumprir 3 mandados de prisão e 3 mandados de busca e apreensão.

Os presos são 2 empresários e um motorista de aplicativo, sendo 2 prisões efetuadas em Colorado do Oeste e uma em Cerejeiras. Os alvos são apontados pela investigação como lideranças de crimes apurados nesta segunda fase da Eleutéria, como constrangimentos, ameaças e incêndios provocados por manifestantes reunidos ao lado do CTG, na estrada de Colorado do Oeste.

Durante a investigação, evidenciou-se que servidores públicos da área da educação e segurança foram coagidos e ameaçados ao tentarem ingressar em Colorado do Oeste.

Testemunhas relataram que, nas manifestações contra o resultado das eleições presidenciais, mesmo pessoas com crianças que dependiam de tratamento de saúde foram impedidas e constrangidas por um grupo de manifestantes. Resta comprovado que a conduta dos investigados causou risco a saúde e ao patrimônio dos cidadãos da região.

Participaram da Operação 20 (vinte) policiais militares, civis e federais. Os agentes de segurança contaram com apoio de uma equipe do Canil da Polícia Militar.

Todo o material arrecadado será posteriormente analisado, dando continuidade às investigações, podendo identificar outros envolvidos, sobretudo, possíveis financiadores e participantes do grupo criminoso.

Crimes- Os investigados responderão, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de associação criminosa (art. 288, do Código Penal), constrangimento ilegal (art. 146, do CP) e incêndio (artigo 250, do Código Penal), cujas penas somadas podem chegar a 10 (dez) anos de reclusão.

Fase 1


A primeira fase da Operação Eleutéria ocorreu no dia 17 deste mês, também em Colorado do Oeste, numa investigação e ação conjunta entre o MPRO e a Polícia Federal, com foco na mesma associação criminosa, composta por empresários, produtores rurais e um policial militar da reserva, constituída para a prática de crimes contra a liberdade pessoal e contra as relações de consumo, entre outros. Duas pessoas foram presas, além do cumprimento de mandados de busca e apreensão.

Com informações do MPRO.