Pré-candidato ao Senado Jaime Bagatolli cai na Lei Seca em Vilhena




O empresário do agronegócio, Jaime Bagattoli, de 61 anos, foi detido após abordagem na Lei Seca, em Vilhena, na madrugada do último domingo (01).

Jaime é pré-candidato ao Senado Federal pelo Partido Liberal (PL), o mesmo do presidente Jair Bolsonaro e que tem como liderança máxima Valdemar da Costa Neto, que já foi preso e condenado a sete anos e 10 meses de prisão por participar do Escândalo do Mensalão.

Segundo boletim de ocorrência que o Rondoniaovivo teve acesso, Jaime estava dirigindo uma caminhonete Jeep Cherokee, quando foi parado e pedido para que fizesse o teste do bafômetro. O resultado foi de 0,35 mg/L, pouco acima dos 0,33, que o enquadrou em crime de trânsito, nos termos do artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Jaime Bagattoli recebeu voz de prisão e foi levado a uma delegacia. No local, o pré-candidato do PL informou que pediu para fazer o reteste do bafômetro, o que teria sido negado pelos agentes do Detran ainda no local da blitz.

Na delegacia, Bagattoli e a advogada teriam pedido para refazerem o teste, que novamente foi negado, pois segundo o agente presente teriam acabado as fitas de impressão dos resultados.

Diante disso, o delegado de plantão Lincoln Ossamu Mizusaki orientou que Jaime e a advogada registrassem a ocorrência onde foram impedidos de realizarem o reteste do bafômetro.

Outra medida tomada pelo responsável pela Unisp de Vilhena foi fixar a fiança de 5 mil reais para que Jaime Bagattoli responda o crime de trânsito em liberdade.

“Deste modo, considerando que a conduta de JAIME se adequa ao disposto no art. 306 do CTB, ratifico a voz de prisão com fundamento no art. 302, I do CPP. Outrossim, considerando ainda que o delito é afiançável, com fulcro no art. 322 do CPP, arbitro em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para livrar-se solto”, apontou Lincoln Ossamu Mizusaki.

Opinião

Segundo uma fonte que tem grande trânsito no meio político de Rondônia, apontou que o fato envolvendo Jaime Bagattoli pode ter repercussão durante a campanha eleitoral que está próxima.

“Todo mundo que bebe e dirige está sujeito a cair em uma blitz de Lei Seca. Mas, ele sendo uma figura pública, tem que tomar bastante cuidado. Afinal, muita gente o segue, admira e tem como exemplo. Então, o cuidado tem que ser redobrado, pois os adversários podem usar esse deslize de alguma forma para tirar votos dele em outubro”, comentou.