Homem tem o pé necrosado e clama por cirurgia de amputação em Porto Velho



Raimundo Braga, 33 anos, morador de Porto Velho fez um pedido de ajuda em entrevista ao repórter William Ferreira o ‘Homem do Tempo’, na última semana. O rapaz está com o pé necrosado e já não tem mais sustentação no membro.

Raimundo conta como tudo começou. “Eu nasci com uma má formação no pé e foi feito uma cirurgia para corrigi-lo em 2004. Aí depois eu fiz uma outra em 2012, quando entrei na empresa, mas essa cirurgia de 2012 abriu e só veio a piorar”, revela.

O rapaz conta que trabalhou de carteira assinada em uma empresa, mas logo foi demitido devido as inflamações no membro.

“Em 2012, foi o ano em que a empresa me afastou por tempo indeterminado. Eu sei que isso do meu pé foi agravamento do serviço, mas a perícia não constatou isso e agora eu tô aqui dependendo das outras pessoas”, relatou o homem.

Com o avanço da doença, o pedido de Raimundo é que seja amputado o seu pé. Há quase um ano que ele tenta finalizar o procedimento, mas sem sucesso.

“Logo quando o médico indicou a amputação do meu pé, em abril de 2021, ele me encaminhou para o João Paulo II, mas quando eu chegue lá eles não me atenderam. Aí voltei agora dia 29, eles me internaram, mas disseram que eu poderia passar de um mês a um ano esperando pra fazer a operação”, conta.



Nas imagens registradas pelo ‘Homem do Tempo’ (assista acima) é possível ver o avanço da bactéria no pé do rapaz. O membro está praticamente só na pele. Raimundo conta que já é possível sentir o odor.

“É muito custo que eu tenho. O que eu ganho hoje em dia é só pra comprar remédio para fazer o curativo e tirar o mau cheiro”, disse.

Raimundo vive com um salário-mínimo. Esse dinheiro é proveniente de um benefício estabelecido pela Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), do governo, a pessoas com deficiência sem fonte de renda.

Mas mesmo com a ajuda de custo, ele conta que não é possível viver em paz. Por isso, pede para que as autoridades marquem consultas e façam a amputação do seu pé.

O Rondoniaovivo entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e cobrou uma posição sobre o caso, mas até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.