Presidiários reformaram escola pública no interior de Rondônia



“Para a escola é super importante poder contar com uma mão-de-obra qualificada, ágil e de excelência.”

Através do “Projeto Semear e Ressocializar”, uma iniciativa dos agentes penais do Centro de Ressocialização Cone Sul, com a autorização e apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público de Rondônia, tem possibilitado a ressocialização e diminuição de pena através dos trabalhos prestados à comunidade vilhenense, principalmente na reforma das escolas municipais.

Conforme o policial penal Silvano Pessoa, a principal finalidade é a ressocialização do apenado, que os traze para o convívio com a sociedade. Mas, que também proporciona as instituições que solicitam a mão-de-obra economia com a realização de um serviço com qualidade, eficiência e agilidade.

O grupo de trabalho, de acordo com Pessoa, já realizou diversos serviços em escolas do município, no Posto Fiscal, Secretaria de Esportes, e foi o responsável pelas obras de instalação da Usina de Asfalto de Vilhena.

Nos últimos dias os apenados estão trabalhando na “Escola Ensina-me a Viver”, no Centro de Vilhena. Lá, conforme Raquel Cristina de Souza Bueno Pereira e Rosiane Cândido Roncatto diretora e vice-diretora da escola, foi realizada a limpeza do pátio interno e da frente da escola; a pintura do muro, pintura de salas e instalação de cerâmicas; os apenados também construíram calçadas e executaram outros reparos.

“Essa é a segunda vez que contamos com a mão-de-obra dos reeducandos para a realização de reparos e melhorias na nossa escola”, disse a vice-diretora, e continuou: “para a escola é super importante poder contar com uma mão-de-obra qualificada, ágil e de excelência.”

A educadora também avalia que o projeto pode representar um recomeço. “Esse projeto também oferece aos apenados a oportunidade de uma ressocialização e proporciona a eles uma nova visão sobre seu papel na sociedade”, avaliou.

Silvano Pessoa lembra que, além dos serviços prestados longe do Centro de Ressocialização Cone Sul, o projeto também inclui o cultivo de uma horta nos arredores do complexo prisional, com mais de 30 mil pés de alface, cheiro-verde e outras hortaliças, mais de 80 mil pés de abacaxis e 40 mil pés de mandioca.

VEJA NAS IMAGENS ABAIXO o “antes” e o “depois” dos serviços executados na “Escola Ensina-me a Viver”








Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci