CRIME BÁRBARO: Acusados de sequestrar e matar garimpeiro são condenados em Porto Velho



A 4° Vara Criminal de Porto Velho condenou quatro pessoas envolvidas no assalto seguido de assassinato (latrocínio) do garimpeiro Antônio Rego da Silva, ocorrida no dia 19 de janeiro desse ano. A vítima foi sequestrada antes de ser morta e o corpo desovado na região de mata da BR-319 após a ponte sobre o rio Madeira.


Segundo a Polícia, Antônio ainda teve a caminhonete Hilux roubada para ser atravessada e vendida na Bolívia. O veículo foi encontrado abandonado e atolado em uma estrada no município de Guajará-Mirim. O corpo só foi encontrado quase uma semana após o crime e foi reconhecido por uma testemunha, com um tiro na nuca.

Foram condenados pelo envolvimento no crime: RONISSON WENDEL CADETE DE OLIVEIRA (21 anos de reclusão e quatorze dias-multa); JOÃO VITOR DA CUNHA (20 anos de prisão e 10 dez de multa); Larissa Gomes dos Santos (7 anos e seis meses de prisão); e Samara Castro de Souza (6 anos e 10 meses de prisão).

De acordo com o delegado Vinicius Lucena, no início das investigações, os policiais trabalhavam com a denúncia do desaparecimento do garimpeiro. Dias após a Polícia ser acionada, o corpo de Antônio foi encontrado em estado de decomposição.

Segundo as investigações da Polícia, durante os trabalhos periciais, foi confirmado que a vítima foi executada com dois tiros na cabeça. Os criminosos chegaram a sacar R$ 2 mil da conta de Antônio. Antes de morrer, a vítima foi obrigada a informar a senha do seu cartão.

Com o avanço das investigações, os policiais conseguiram chegar até os denunciados, que arquitetaram e executaram o plano de roubar e matar o garimpeiro. Eles tinham o objetivo de sacar R$ 40 mil da conta bancária da vítima.

Antônio tinha um relacionamento com uma adolescente de 16 anos e foi ela quem facilitou a entrada do bando na casa. “Ela abriu o portão e desligou o sistema de alarme para que os outros criminosos pudessem adentrar a residência. No dia do crime, a menor estava na casa com a vítima.

Os policiais descobriram ainda, que a adolescente tinha um relacionamento com um dos criminosos que entraram na casa de Antônio. Todos eles são vinculados a uma facção criminosa. Além da camioneta eles levaram outros objetos da casa, inclusive, uma arma de fogo e câmeras de monitoramento.

O crime contou com a participação de um outro elemento identificado por Paulo Cézar Gonçalves Sampaio, vulgo “PC” ou “PSG”, que foi assassinado. A menor que mantinha relação com o garimpeiro e facilitou a entrada dos criminosos na casa possuía apenas 16 anos e também cumpre pena de medida educativa por seu envolvimento.