Síndrome da 'urina preta' preocupa o Amazonas; são 44 casos e 01 morte em dez dias


Até o final de mês de agosto eram 44 o número de registros de “rabdomiólise”, a chamada síndrome da urina preta. A doença já foi identificada nos municípios de Silves, Manaus, Parintins, Caapirange, Autazes e Itacoatiara, nesse último, inclusive com a morte de uma mulher de 51 anos, moradora da Vila do Novo Remanso. A vítima faleceu no último sábado-feira (28), no Hospital Regional José Mendes.



A Fundação de Vigilância em Saúde do estado (FVS-RCP), informou que as notificações não param. Os onze últimos registros foram em Itacoatiara, Silves e Parintins. E uma preocupação lá no Amazonas é justamente pela alta ingestão de peixe pela população. Das 44 pessoas dez estão internadas.



Elas passaram a sentir os primeiros sintomas, depois de consumirem pescado. Esta semana, a Secretaria de Estado da Saúde, emitiu um alerta orientando a população de Itacoatiara a evitar o consumo dos peixes Pirapitinga, Pacú e Tambaqui. O prazo é por 15 dias. A orientação é feita com base em um comunicado de risco da Rede CIEVS/FVS, devido aos casos de Rabdomiólise no município.



De acordo com os cientistas, a doença da urina preta, se trata de uma infecção associada a síndrome clínico-laboratorial. Ocorre de uma lesão muscular com liberação de substância intracelulares na corrente sanguínea. Outra associação para a doença está no consumo de pescados.

O diretor-presidente da fundação, Cristiano Fernandes, declara que está sendo reforçada a investigação epidemiológica dos casos. "Todos os casos notificados podem estar associados à ingestão de peixes. Ainda não há consenso no meio científico sobre a toxina que contamina os pescados. A Vigilância está se concentrando em detectar precocemente os casos e monitorar para que haja o manejo clínico adequado para os pacientes", explica.



Segundo a FVS-AM, normalmente a doença atinge pessoas saudáveis “na continuidade de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados, que incluem o pescado. “O quadro clínico da doença pode incluir elevações assintomáticas das enzimas musculares séricas” complementa a Fundação.


Fonte: News Rondônia