'Medicamentos de intubação não duram 15 dias', diz secretária de Saúde de Porto Velho



O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves(PSDB) participou da audiência online do Ministério Público de Rondônia, realizada na manhã desta sexta-feira(19), para debater o combate a propagação do coronavírus na capital.

Durante o encontro, Hildon Chaves(PSDB) questionou a Dr. Neila Gracieli Zaffari de Lima, do Departamento de Atenção Básica de Porto Velho, sobre a situação dos medicamentos de intubação de pacientes em estado grave devido ao avanço do coronavírus.

De acordo com médica, o estoque de medicamentos está crítico em Porto Velho e na última quinta-feira (18), eles entraram em contato com os revendedores, mas não conseguiram os insumos, devido à escassez dos produtos registrada em todo o país.

“Ontem a Dr. Marilene Penati (secretária-adjunta de Saúde de Porto Velho) estava conversando com a equipe da farmácia e eles não conseguem comprar. Não é que não queria, a gente não consegue. Não tem mais medicação!”, ponderou Neila.

Morrer na rua

Ainda durante a audiência, a secretária Marilene, afirmou que o estoque realmente está crítico e a previsão de acabar é o mais rápido possível. “Sobre os medicamentos, não duram 15 dias. Nós já estamos com problemas, as empresas que vencem as licitações, não entregam de forma adequada. Então, está realmente uma vivência bem angustiante para nós”.

Em seguida, o prefeito Hildon, afirmou que a Frente Nacional dos Prefeito (FNP), enviou um ofício para o Ministério da Saúde (MS), cobrando uma posição para resolver os problemas do país relacionados a questão da pandemia.


Prefeito Hildon Chaves

“Ontem eles pediram ao Ministério da Saúde para que importem, façam requisições, pois a falta desse medicamento praticamente inviabiliza a intubação ou tem que amarrar o paciente, e fazer o processo com ele acordado”, disse Hildon.


O prefeito fez também uma terrível previsão, caso nada seja feito para se evitar a propagação do vírus em nossa cidade. “Nas próximas duas semanas, provavelmente os médicos não irão conseguir realizar a intubação dos pacientes e irá morrer gente na rua”, declarou.



Fonte: Rondoniaovivo