Pioneira de Vilhena morre em decorrência da Covid-19, aos 79 anos, após exame de sangue descartar a doença




Foi sepultada, na tarde desta terça-feira, 09, em Vilhena, a pioneira Lúcia Lira Fappi. Ela tinha 79 anos (faria 80 em março), e estava internada havia menos de uma semana na “Ala Covid” do Hospital Regional.


Moradora da cidade desde meados da década de 1970, Lúcia começou a apresentar sintomas de gripe no final de janeiro. A filha chegou a lhe dar remédios para resfriado, mas como o problema persistia, a idosa colheu sangue para um exame que detectaria se ela estava contaminada pelo novo Coronavírus.


A filha caçula da aposentada conta que o exame deu negativo, mas como a saúde da mãe continuava preocupando os familiares, ela foi levada para um hospital particular, onde uma tomografia foi solicitada. Este exame por imagem mostrou que os pulmões da paciente estavam com comprometimento de 40%.


Na sexta-feira, 05, quando foi transferida para o Regional, Lúcia já estava com os pulmões totalmente atingidos e foi intubada naquele mesmo dia. Hoje pela manhã, não resistiu e foi a óbito.


Ao falar da mãe, Rojane Fappi, a caçula que há 46 anos comemorava aniversário junto com ela, lamentou a perda: “era uma mulher forte, cheia de amigos e muito querida por todos. Meu pai era caminhoneiro, e ela cuidou sozinha dos sete filhos enquanto ele estava em viagem”.


MÃOS QUE CURAM

Além da simpatia, dona Lúcia era conhecida e respeitada por uma habilidade que está se extinguindo em todo o Brasil: era conhecida como “benzedeira”, que curava as pessoas através de orações e rituais, realizados em sua própria casa, no bairro 5º BEC, onde recebia os “pacientes”.



Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação