GRATIDÃO: Casal de RO comemora cirurgia de separação de filhas siamesasd




“Elas acabaram entrar no bloco cirúrgico, às 8h, sem hora para sair. Acredita-se que a cirurgia leve o dia inteiro, cerca de 20 horas… Coração a mil! A equipe médica está muito confiante, apesar de ser muito complicada a cirurgia. Eles estão empenhados. Nós estamos bem também. Ontem (8), nosso filho mais velho foi embora para Rondônia, então, o coração fica apertado. Passamos a noite cuidando das meninas. Agora resta orar e pedir para que Deus faça a vontade dele, que conduza os médicos”, disse.


Semanas antes da cirurgia de separação, as meninas passaram por um procedimento de expansão da pele que, segundo o pai, foi um sucesso.



“Chegou no resultado que os médicos queriam”, afirma. “Eles colocaram um extensor na barriguinha de ambas, para fazer com que a pele esticasse. Diariamente, eles injetavam um líquido que chegou a 250 ml no total. Tudo para ter pele suficiente para fechar a cirurgia”, explicou. “A equipe também fez um molde 3D do coração das meninas para poderem estudar como seria feita a cirurgia”, explicou o pai.

RELEMBRE


Vanderson e a esposa, Jaqueline Camer, 29, são de Alvorada do Oeste, interior de Rondônia, mas em agosto, ainda durante a gravidez, mudaram temporariamente para São Paulo, em busca de atendimento médico especializado. Os dois, que jão são pais de Victor, 9 anos, contaram que logo no primeiro ultrassom descobriram que as meninas eram siamesas.

“Ficamos assustados, mas confiantes, pois já as amávamos”, lembra. “O parto ocorreu bem, sem nenhuma complicação. Sara nasceu ótima, conseguindo respirar sozinha, mas Eloá teve um pequeno probleminha ao respirar e, por isso, precisou ser entubada para respirar com ajuda”, conta o pai.

“Eloá é cardiopata, possui dupla via de saída do ventrículo direito, sendo que as duas compartilham o fígado e dividem uma válvula do coração. Isso faz com que Sara ficasse bastante cansada, pois o coração dela trabalhava pelas duas. Elas estavam coligadas desde o tórax ao umbigo”, conta.

Nesses dois meses na UTI, as meninas contraíram uma infecção e, além de outras intercorrências, uma delas teve episódios de convulsão e saturação baixa, no entanto, felizmente, sem sequelas. “Tudo isso fez com a equipe médica adiantasse a separação”, finalizou Vanderson.

A família está fazendo uma “vaquinha online” com o objetivo de conseguir ajuda financeira.


Fonte 10 - REVISTA CRESCER