Vinícius Miguel discute a importância de desenvolver políticas públicas para distritos e regiões ribeirinhas em Porto Velho




Para debater sobre políticas públicas para os distritos que ficam às margens do Rio Madeira, em Porto Velho, os candidatos a prefeito e vice-prefeita pela Coligação “Porto Velho em Boas Mãos!”, Cidadania 23, Vinícius Miguel e Heline Braga realizaram, na última sexta-feira (16), uma live que contou com a participação da psicóloga Clayanne Alves e da candidata a vereadora Priscila Pantoja, moradora do distrito de Calama.

As dificuldades encontradas na região urbana de Porto Velho são sentidas de forma intensificada pelos moradores dos distritos ribeirinhos. Essas localidades, muitas vezes, não recebem o mesmo investimento necessário para garantir a execução de políticas públicas que levem os direitos básicos aos moradores. “É preciso pensar em Porto Velho como um todo, dar a mesma atenção às comunidades ribeirinhas e os distritos da nossa cidade. Garantir a cidadania para os mais diversos grupos, pensando na pluralidade”, destacou Vinícius Miguel.

A psicóloga Clayanne, que atua em diversas ações sociais, destacou a falta de serviços essenciais como a educação e saúde, esta última agravada devido à pandemia do novo coronavírus. “Na pandemia recebemos pedido de ajuda das comunidades. Então, muitas vezes, nossos distritos estão dentro do orçamento da política pública que, muitas vezes, não chega ate eles. Nós vemos a luta dessa população para ter o mínimo direito de existência e subsistência, como é garantido para a população urbana”.

Heline Braga, candidata a vice-prefeita, mostrou um discurso alinhado ao de Vinícius Miguel e reforçou a importância garantir benefícios para toda a população de Porto Velho, como um todo. “Devemos pensar no alto, médio e baixo Madeira e em suas particularidades, com características tão diferentes. Na área urbana, às vezes, temos o que os moradores dos distritos não têm, como água potável, um bem tão essencial para a vida humana e para a saúde”.

A candidata também destacou a importância de oferecer oportunidades e trabalhar o empreendedorismo nessas localidades, facilitando capacitações e escoamento da produção. “Também precisamos dar uma atenção especial aos nossos jovens e crianças em situação de vulnerabilidade”.

Com uma dimensão territorial maior que muitos estados e com regiões fronteiriças, Porto Velho precisa de uma gestão além de asfalto e iluminação que, algumas vezes, chegam às regiões centrais enquanto as localidades mais longes não têm acesso ao básico. “Queremos construir uma política pública que contemple toda essa expansão territorial da nossa cidade, cuidando de cada particularidade e levando saúde, educação, asfalto, iluminação a Porto Velho como um todo”, reforçou Vinícius Miguel.

A dificuldade no acesso à educação também foi destacada durante a conversa online e foi possível exemplificar bem o diferente tratamento que os distritos recebem. “Todos acompanharam a crise do transporte público na zona urbana, o que ocasionou a falta de transporte escolar para as crianças. Mas hoje, nos distritos, temos crianças que há três anos estão sem período letivo. Muitos pais na área urbana estão preocupados com a possibilidade de os filhos perderem o ano letivo por causa da pandemia. Imagina esses pais em que os filhos perderam os últimos três anos letivos”, exemplificou a psicóloga.

A falta de educação, principalmente na área rural, desencadeia outro problema. Sem escola, a criança acaba indo para o trabalho, sendo aliciadas. Então é criado todo um circulo de violação ao direito quando esses distritos não são contemplados.

Priscila Pantoja, que conhece bem a região, reforçou as dificuldades vividas pelos moradores. “Temos dificuldades na educação, saúde... Quando alguém precisa de atendimento médico, para sair daqui, a voadeira não é apropriada. Precisamos de ambulanchas para o transporte digno deste paciente. Precisamos de alguém que olhe para o povo ribeirinho. O que vemos hoje é que os olhares são esquecidos para o povo ribeirinho”.

Vinícius Miguel ressaltou a importância de ouvir a comunidade, pois quem está na ponta sabe da necessidade vivida pela população local. “Queremos uma gestão participativa, onde a população terá voz ativa para cobrar, fiscalizar e ajudar a construir uma cidade melhor para todos os cantos de Porto Velho”.


Assessoria