Palitot se posiciona acerca do retorno às aulas na capital



“Até que me provem o contrário, neste momento não vejo a possibilidade do retorno as aulas no ensino municipal”, afirma o edil

O Professor Aleks Palitot participou na última terça-feira (18), da reunião da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, onde uma das principais pautas em discussão foi o retorno das aulas na Rede Municipal de Ensino e ocasião em que o vereador foi veemente em se posicionar contrário a este retorno sem antes consultar gestores, órgãos regulamentadores e principalmente os pais.

Para Palitot é necessário pensar primeiramente na vida dos professores, dos pais, tios, avós e na das próprias crianças antes de se tomar uma medida como esta.


“Neste momento eu não vejo a possibilidade do retorno as aulas. É preciso ouvir ainda o planejamento da Secretaria de Educação (Semed), o Ministério Público (MP/RO), o Tribunal de contas (TC-RO), Conselho Regional de Medicina (Cremero) e Secretaria Municipal de Saúde (Sesau)”, afirmou.

Segundo o edil não há ainda perspectiva para este retorno sem antes se ter um quadro mais claro. “Não se trata de um discurso vazio para fins politiqueiros. Minha reclamação vem do conhecimento que tenho de sala de aula e das visitas periódicas que venho realizando nas unidades educacionais, onde levanto informações acerca do quadro efetivo destas escolas e da quantidade de servidores do grupo de risco.

Ameaça

“Os números são muito desiguais para possibilitar o retorno positivo às aulas. Não vale a desculpa do prejuízo ao aprendizado, pois durante dois anos muitas das crianças pertencentes a zona rural, aos distritos e ao Baixo Madeira ficaram sem aulas por falta de transporte”.

Com a volta as aulas os professores também serão obrigados a absorver uma carga emocional pesadíssima ao receberem crianças com problemas, que perderam algum ente querido, ou que os pais perderam o emprego. Como exemplo ele cita a cidade de Manaus, onde o índice de contaminação se elevou e os números apontam para o retorno as aulas como fator preponderante.

São 44 mil alunos em Porto Velho e muitos servidores defendem a educação com unhas e dentes e que se quer recebem alguma espécie de assistência para poderem pagar a sua internet, mas que ainda assim estão em casa trabalhando de forma remota, repaginando as aulas e se adaptando ao momento.

Bom senso

“É preciso aparar as arestas e permitir a fala daqueles que serão protagonistas no cenário da ação que é o Município de Porto Velho e ouvir também todos os envolvidos para que possamos dividir esta responsabilidade na tomada de decisão” garantiu Aleks Palitot.