Seis dos oito deputados de Rondônia votaram contra prorrogação do auxílio emergencial, e não é fake news




O Congresso votou na semana passada o Projeto de Lei 2801/2020, que tinha como objeto principal a proibição da penhora do auxílio emergencial pela justiça ou bancos, salvo em casos de pensão alimentícia.

Como o assunto era o auxílio emergencial, partidos de esquerda acrescentaram mais um artigo, prorrogando o benefício até dezembro com valor fixo de R$ 600, já que a previsão mais otimista sobre a produção de uma vacina eficaz é para o primeiro trimestre de 2021.


Por questões ideológicas, os partidos de direita e o Centrão, que estão alinhados com o governo de Jair Bolsonaro, decidiram votar contra a emenda apresentada pela oposição, mas não se deram conta da gravidade do tema.

Nesse balaio, entraram seis dos oito deputados de Rondônia, Coronel Chrisóstomo (PSL), Jaqueline Cassol (PP), Léo Moraes (Podemos), Lúcio Mosquini (MDB), Expedito Netto (PSD) e Mariana Carvalho (PSDB).

À favor do projeto votaram Mauro Nazif (PSB) e Sílvia Cristina (PDT).


A justificativa dos deputados que votaram contra a matéria é que “o auxilio emergencial já foi prorrogado por decreto, isso porque a Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio, foi aprovada pelo Congresso Nacional em abril e previa a possibilidade de que um decreto presidencial prorrogasse os pagamentos”.


Porém, a questão não é tão simples. O governo pensa em prorrogar, mas através de um pagamento escalonado em valor decrescente, em três parcelas: R$ 500 em julho; R$ 400 em agosto e R$ 300 em setembro.

A proposta é estimulada pela área política do governo porque haveria uma “preparação” do beneficiário para o fim do pagamento do auxílio emergencial.

E, ainda, se estenderia por mais três meses, tempo necessário para o governo fechar a preparação do programa Renda Brasil, que tem a pretensão de ser um forte programa social, reunindo vários outros programas sociais, e deve ser lançado no segundo semestre.

Ou seja, o que a oposição queria manter o pagamento no valor de R$ 600 até dezembro, sem escalonamento de valores exatamente para garantir um fim de ano menos turbulento financeiramente. Sem essa medida, o governo terá liberdade de prorrogar, mas a seus moldes.

A bancada federal emitiu nota conjunta em defesa dos parlamentares que votaram contrários ao projeto, e estão tratando o tema como se fosse “fake news”, o que não é. O argumento de que o auxílio pode ser prorrogado por decreto é verdadeiro, mas não no valor de R$ 600. Com isso, os deputados tentam tirar a pressão sobre eles e jogar para o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe.

Veja o posicionamento da bancada e de alguns parlamentares.
Bancada Federal


BANCADA FEDERAL REPUDIA FAKE NEWS DO AUXILIO EMERGENCIAL E RESTABELECE A VERDADE

O Coordenador da Bancada Federal de Rondônia, deputado Lúcio Mosquini (MDB), vem a público esclarecer que, diferentemente do que tem circulado em alguns perfis de redes sociais e sites de notícias, grupos de WhatsApp, todos os seus membros são favoráveis ao auxílio emergencial, e de forma alguma essa bancada se posicionou contrário a isso, diferente disso, apoiamos incondicionalmente a ação do governo federal denominada auxilio emergencial.



Acontece que de forma leviana, estão proliferando mais essa Fakenews, com intuito de colocar a população contra os parlamentares que defendem e lutam por Rondônia no Congresso Nacional.


Nossa postura sempre foi de transparência e repudiamos com veemência qualquer tipo de fake news.



O PL 2801/2020 não tratava de prorrogação de auxílio emergencial, a natureza do PL era estabelecer a natureza alimentar do benefício emergencial, proibindo penhora do valor, salvo em casos de pensão alimentícia.

Para maior esclarecimento o auxilio emergencial já foi prorrogado por decreto, isso porque a Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio, foi aprovada pelo Congresso Nacional em abril e previa a possibilidade de que um decreto presidencial prorrogasse os pagamentos.

Aproveitamos para agradecer a colaboração da imprensa rondoniense, que tem feito um notável trabalho na cobertura desta grave crise sanitária pela qual todos estamos passando.

A Bancada Federal de Rondônia é composta por três senadores (Acir Gurgacz, Marcos Rogério e Confúcio Moura) e oito deputados (Mariana Carvalho, Silvia Cristina, Jaqueline Cassol, Lucio Mosquini, Expedito Neto, Mauro Nafiz, Coronel Chrisóstomo e Léo Moraes)

Dep Federal Lucio Mosquini
Coordenador da Bancada



Jaqueline Cassol



Precisamos esclarecer essa fakenews sobre o Auxílio Emergencial que está circulando nas redes sociais. Ninguém votou contra o auxílio emergencial, porque o tema sequer entrou em discussão.

Eu, deputada Jaqueline Cassol, fui uma das defensoras do auxílio emergencial. Tenho trabalhado para auxiliar os brasileiros nesse momento de crise. Propus a suspensão da conta de luz e água, do financiamento estudantil e das parcelas do Minha Casa Minha Vida, dentre outras inúmeras ações. Tudo isso está registrado no site da Câmara dos Deputados.

Porém, o PL 2801/2020 tinha como objetivo caracterizar o auxílio emergencial como verba alimentar e proibir sua penhora. A prorrogação não fazia parte. Além disso, a emenda não era o meio certo para propor a prorrogação uma vez que ela deve ser feita pelo Poder Executivo – que já o fez até dezembro- ou por um Projeto de Lei que trate especificamente sobre esse tema.

Inclusive esse projeto foi retirado pelo relator porque não era a finalidade da votação e a própria mesa impediu que dois destaques fossem votados, porque isso geraria aumento de gastos e não foi apresentado estudo de impacto orçamentário.

É muito importante que as pessoas se inteirem das legislações e tramitações antes de sair propagando informações falsas. Isso não passa de mais uma Fakenews.

*Jaqueline Cassol*
Deputada Federal




Silvia Cristina




Expedito Netto



Léo Moraes



A deputada Mariana Carvalho não se manifestou individualmente sobre o tema.





Fonte: Painel Político