Homem que matou caminhoneiro durante greve é condenado a 17 anos de prisão



A Justiça condenou na tarde desta quinta-feira (5), Willians Maciel Dias, a 17 anos de prisão em regime inicialmente fechado, pelo crime de homicídio doloso praticado contra o caminhoneiro José Batistela, 70 anos, no dia 30 de maio de 2018, próximo a um ponto de manifestação de caminhoneiros na BR-364, no município de Vilhena.



O julgamento foi comandado pela juíza Liliane Pegoraro Bilharva. O corpo do júri foi composto por cinco homens e duas mulheres.


A sessão teve início por volta das 9 horas desta quinta-feira. Quatro testemunhas que estavam previstas para serem apresentadas pela defesa foram dispensadas.


Durante depoimento, o réu assumiu ter jogado a pedra que matou o caminhoneiro. Ele disse que passava de carro pelo local com a esposa e a filha, quando jogou a pedra, mas alegou que não tinha intenção de matar José Batistela.


A promotoria apresentou a qualificadora de homicídio doloso, alegando que Willians havia assumido o risco de matar, quando arremessou a pedra contra o caminhão da vítima. Já a defesa, sustentou a tese de que o homicídio foi culposo, pois o réu não tinha a intenção de matar o idoso.


Após aproximadamente sete horas de julgamento, o conselho de sentença decidiu pela condenação de Willians Maciel por homicídio doloso, com meio que impediu a defesa da vítima. A pena fixada, foi de 17 anos, mas o réu vai poder recorrer da sentença em liberdade.


O caso


O caminhoneiro José Batistela, de 70 anos, foi morto com uma pedrada na cabeça no dia 30 de maio de 2018, próximo a um ponto de manifestação na BR-364. Batistela carregava madeira, parou o veículo na pista e quando decidiu seguir viagem, foi atingido na cabeça por uma pedrada.


A vítima morreu dentro do seu caminhão, antes de receber socorro médico. Dias depois, Willians se apresentou na delegacia da região e confessou arremessado a pedra que acertou a vítima, mas alegou que não tinha a intenção de matar o idoso.


Durante as investigações, os policiais apuraram, que Willians também é caminhoneiro e estava insatisfeito com o fim da greve da categoria.




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