Pacientes e funcionários enfrentam até cobras em UBS da capital



Dando continuidade às visitas aos hospitais e postos de saúde de Porto Velho, o Sindicato Médico de Rondônia (SIMERO) foi até a Unidade Básica de Saúde Nova Floresta, localizada na Zona Sul da capital. Na oportunidade, a presidente Flávia Lenzi conversou com o médico Fábio da Silva Rocha para as condições de trabalho no local.



“Desde que foi inaugurada, há quatro anos, a unidade de saúde nunca passou por reparos. As paredes estão mofadas, alguns ar condicionados não funcionam, para se ter uma ideia, não tem como usarmos o auditório para atividades em grupo pois a parte elétrica do prédio não suporte. Já queimou o quadro de energia.” Relatou Dr. Fábio Rocha.



As visitas domiciliares do Programa Saúde da Família foram suspensas, pois, desde a enchente do Rio Madeira em 2014, não tem mais carro na UBS. Ainda segundo o médico, alguns problemas da unidade de saúde só foram resolvidos porque a diretora arcou do próprio bolso ou usou veículo próprio para que os atendimentos à população continuassem.



Água gelada para pacientes e servidores não tem. Os funcionários servidores estão juntando dinheiro para comprar um bebedouro para o local. Assim como fizeram para comprar alguns eletrodomésticos para a copa. Quanto aos medicamentos, a maioria está em falta, principalmente antibióticos.



“Foi nos passado também quanto às receitas entre os serviços de saúde estadual e municipal. A Policlínica Osvaldo Cruz não aceita receitas nem solicitações de exames das unidades de saúde do município. A orientação dada aos médicos lotados nesses postos de saúde é que o encaminhamento deve vir de um especialista do estado. Já com relação à prefeitura, 70% das receitas são do estado e o município recebe. Esse tipo de burocracia atrasa o atendimento ao paciente e não valoriza o trabalho do médico.” Relatou Dra. Flávia Lenzi,



A diretora da unidade, Marcele Trindade também expõe outra preocupação: “a invasão de cobras na UBS. De vez em quando os animais aparecem. Ficam escondidos em armários, próximo aos materiais e objetos pessoais dos funcionários. Isso é um problema sério e não pode acontecer em uma unidade de saúde.”



Segundo o analista ambiental do IBAMA, Ricardo Alexandre, os animais podem estar entrando na unidade por conta de um muro quebrado nos fundos do prédio, onde tem um terreno com obra de esgoto abandonada. E ainda alerta que, caso apareça algum tipo de animal selvagem e peçonhento, o IBAMA deve ser acionado imediatamente ( 3217-2700) e nenhum procedimento deve ser realizado para evitar acidentes.



A meta do SIMERO é verificar “in loco” as demandas de todas às unidades de saúde da capital e, após análise das reivindicações da classe médica, tomar as devidas providências.


Fonte: Assessoria