Projeto pode retirar mais de seis mil motoristas de aplicativo das ruas de PVH


Ainda em processo de elaboração pelo poder executivo municipal, um anteprojeto que deve tramitar na Câmara de Vereadores de Porto Velho (RO) nos próximos dias irá reduzir drasticamente o numero de motoristas de aplicativos que atuam na cidade atualmente.


O projeto surgiu de uma reivindicação do sindicato dos taxistas em conjunto com um grupo de motoristas de aplicativo que alegaram que o inchaço na quantidade de pessoas prestando esse serviço está sendo prejudicial para ambos os lados.


A projeção é de que na área urbana de Porto Velho mais de 8500 motoristas trabalham por aplicativo, sendo que pouco mais de quatro mil estão regularizados e a maior parte atua através de apps desenvolvidos por empresas de tecnologia sem qualquer responsabilidade legal ou fiscal com o município.


Para o vereador Marcelo Reis, que vem conversando com todos os lados envolvidos nesse projeto, essa regulamentação se engendra como uma resposta aos problemas de mobilidade que os cidadãos portovelhenses tanto anseiam solução, uma vez que irá atender a todas as demandas e prestadores de serviço.


“A atividade dos motoristas de aplicativo foi regularizada, porém, não houve uma delimitação sobre o numero de pessoas que poderiam aderir a esse tipo de serviço, nem mesmo uma delimitação efetiva sobre os critérios para essa permissão”, disse Marcelo Reis.



Esse projeto é visto como uma alternativa de se amenizar o conflito entre taxistas, mototaxistas, transporte coletivo, táxi compartilhado e aplicativos.




OS CRITÉRIOS


A ideia do executivo é reequilibrar o numero de empresas e motoristas de aplicativos ás concessões de táxi e mototaxis que atualmente são 750 para cada, sendo que no caso dos taxistas, a grande maioria já aderiu ao sistema compartilhado.


Com a nova regulamentação, o quantitativo de licenças permanecerá o mesmo para táxi e mototaxi, já para os motoristas de aplicativo, ficará um limite aproximado de 2500 permissões, totalizando um quantitativo de cinco para cada mil habitantes, ou seja, um corte de aproximadamente seis mil motoristas deverá ser feito.


Também haverá uma redução na quantidade das empresas de tecnologia gerenciadoras dos aplicativos de mobilidade urbana, o permitido será de 1,5 por cada cem mil habitantes. De acordo com o último senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Porto Velho possui 519.531 habitantes.


As exigências preliminares para a solicitação da permissão de motorista de aplicativo ainda estão em estudo, porém a principal solicitação deverá ser a de que o motorista não possua um emprego ou outra fonte direta de renda, abrindo espaço para estudantes universitários, jovens buscando o primeiro emprego e chefes de família desempregados.

“Queremos dar espaço para as pessoas que realmente vivem dessa profissão que é tão importante e séria, pois se trata do transporte de pessoas, precisamos saber de forma exata quem está prestando esse serviço e dar margem de trabalho para toda as categorias dessa área”, disse o vereador Marcelo Reis.



Em decorrência da pauta polêmica, o projeto vem sendo debatido com todos os lados desde o seu início, e segundo o vereador Marcelo Reis, que foi o relator da regulamentação da atividade de motorista por aplicativo na capital, seguirá aquilo que a maioria decidir.


“Jamais iremos passar um projeto na Câmara de Vereadores de forma autoritária, se a maioria da categoria decidir que não, teremos que procurar o diálogo e achar outra forma de resolver esse grave problema, mas, acredito que o bom senso de todos irá prevalecer e conseguiremos dar andamento a essa pauta que interessa a vida de muitos cidadãos”, falou Marcelo Reis. 

A prefeitura de Porto Velho deverá enviar a nova proposta ao Legislativo Municipal nas próximas semanas.


 Fonte: Rondoniaovivo