Supostos áudios do PCC são divulgados em retaliação a transferência de chefes da facção para RO


Em supostos áudios divulgados neste sábado (16-02-2019), membros do PCC (PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL) alertam para que todos da facção mantenham os telefones ligados pois  a qualquer momento o "salve geral" pode ser dado.

Essa suposta retaliação seria por causa da transferência de membros da cúpula da facção para o presídio federal em Rondônia.


Ouça os Áudios





É FAKE ? 

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo desmentiu o conteúdo de mensagens e áudios que circulam nas redes sociais alertando para possíveis ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) neste fim de semana, em razão da transferência de líderes da facção criminosa para presídios federais. 

Promotor do Ministério Público paulista que investiga a organização, Lincoln Gakiya também negou a possibilidade de atentados, assim como o governador João Doria (PSDB).

Possibilidade

A discussão sobre possíveis ataques veio à tona a partir das transferências, temidas pela facção – que controla o crime de dentro das prisões. Para o juiz Walter Nunes da Silva Júnior, a possibilidade de atos criminosos como retaliação existe.



“Possibilidade há, porque ela é ‘extramuros”, afirmou ele, que coordena o Fórum Permanente do Sistema Penitenciário Federal. Naturalmente, os governos estaduais e mesmo o federal têm já todo um planejamento de evitar eventuais reações.”


Para o magistrado, as facções criminosas foram “criadas e só existem com o poder que têm” por causa das cadeias estaduais.


“Fora dos presídios estaduais, elas não teriam essa força, não teriam essa monopolização, não teriam esse poder financeiro.”

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Walter Nunes da Silva Junior é um jurista e magistrado brasileiro. Foi presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil.


Transferência


Na quarta-feira (13), o principal líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho – o Marcola –, foi transferido de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, para o presídio de segurança máxima em Rondônia após descoberto um plano de fuga.

2006

Em 2006, o Estado de São Paulo foi alvo de uma série de ataques do PCC em retaliação à transferência de líderes da facção.




Com informações da Folha de São Paulo
Edição: Mídia Rondoniense