Quase 100 venezuelanos chegam a Porto Velho com ajuda da FAB e entidades de apoio


Quase 100 venezuelanos chegaram a Porto Velho durante esta semana. Os refugiados, divididos em dois grupos pousaram na capital com a ajuda da Força Aérea Brasileira (FAB) vindos do estado de Roraima, porta de entrada para muitos imigrantes que resolvem deixar a Venezuela, devido a crise econômica, política e social que assola o país.

O primeiro grupo, com quase 46 venezuelanos, chegou na manhã da última quarta-feira (16) e o segundo, composto por 48 venezuelanos, chegou na quinta-feira (17). Do total de refugiados, dois já seguiram viagem rumo à cidade de Cacoal (RO), no interior do estado. Os que restaram não descartam a mesma decisão, caso surjam oportunidades de emprego.

Em Porto Velho, os imigrantes serão abrigados em 16 “casas de passagens”, moradias alugadas com a ajuda de entidades de apoio espalhadas nas Zona Leste e Centro da cidade. A distribuição dos locais levou em conta cinco grupos. Entre os critérios estão, deixar parentes em locais próximos, hospedar famílias com crianças perto de escolas e idosos em casas na região central da capital.

Para garantir que os imigrantes tenham êxito no processo de integração social durante a estadia em Porto Velho, a Cáritas, um organismo da Confederação Nacional dos Bispos no Brasil (CNBB), destaca que o grau de escolaridade e as habilidades de cada um serão levados em conta na elaboração de uma base curricular dos refugiados.

Com isso, a organização da Igreja Católica prevê que os imigrantes devem permanecer na capital, mas garante que pode articular a ida de quem conseguir oportunidades de emprego em outras cidades ou estados do país.
“A gente pensa em utilizar em esse poder de articulação da comunidade e da arquidiocese para sensibilizar o empresariado. Estamos em articulação de um grande mutirão de currículos para aferir as habilidades dessas pessoas e suas experiências profissionais”, explica o psicólogo e voluntário Tiago Cita.

Mais Venezuelanos chegam a Rondônia
A primeira experiência em solo rondoniense aconteceu em área militar. Os grupos ficaram na base aérea da FAB, onde receberam almoço e no início da tarde foram encaminhados à Paróquia São Cristóvão, onde será iniciado o processo de interiorização.

O processo inclui a disponibilização de vagas em escolas da capital, através de um dos projetos da Cáritas. Ao todo, o organismo prevê que 40 crianças refugiadas já estejam matriculadas em escolas públicas de Porto Velho.

“Não estava previsto tanta criança em nosso projeto. Como o perfil foi enviado recentemente então necessitamos que a sociedade ajude com material escolar, fralde e leite”, espera a educadora social, Celi Gonçalves.

Aos adultos, o programa Pana, da Cáritas, prevê uma parceria com o Sine Estadual e Municipal para uma articulação que defina a escolaridade de cada imigrante. Está previsto também uma articulação com a Confederação dos Dirigentes Lojistas (CDL) e a Federação do Comércio (Fecomércio).

O ponto de apoio para quem deseja ajudar é na Paróquia São Cristóvão, localizada na avenida Pinheiro Machado com Guanabara, Centro.

Telefone para contato: 3221-2698