Cemitério de Vilhena tem capacidade esgotada e prefeito autoriza sepultamento de um defunto em cima do outro




O jornal teve acesso ao decreto assinado pelo prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês (PV), em dezembro do ano passado, estabelecendo novas regras para sepultamentos no cemitério Cristo Rei. No documento em que define os critérios a serem usados nos enterros de agora em diante, o mandatário reconhece o que já havia sido revelado por este site: o “campo santo” está com sua capacidade esgotada e, portanto, em situação normal, não comporta novos corpos. Lembre aqui.

Pelas novas regras, fica autorizado o sepultamento de um defunto sobre o outro no local. As novas sepulturas agora comportarão agora dois corpos, ficando o “de baixo“ a uma profundidade de 1 metro e 75 centímetros do que vier “por cima”.

Para garantir o cumprimento do decreto, as funerárias da cidade precisarão desenterrar os caixões, e afundá-los no solo, antes de colocar o outro por cima. O custo do serviço, portanto, ficará mais alto.

Segundo as normas estabelecidas, a reocupação do cemitério começará pelas covas em ruínas ou abandonadas. Em seguida, serão utilizados os espaços dos mortos cujas famílias não renovaram a concessão da área. Ou seja: todos, porque não é hábito dos vilhenenses fazerem tal renovação.

OSSÁRIO
Há mais de dez anos, empresas do ramo funerário alertam para o esgotamento do cemitério e pedem a construção de um ossário. A ideia deste anexo seria preservar os restos mortais para eventuais exames de DNA que vierem a ser solicitados pelos parentes, ou mesmo a preservação do material para ser levado para um jazigo permanente.

NOVO LOCAL
Na justificativa para implantar as novas medidas, o prefeito diz que está procurando um novo local para os enterros, mas a área ainda não foi encontrada.

Também existem informações de que empresas estariam interessadas em construir um cemitério particular na cidade, o que retiraria tal responsabilidade da Secretaria de Obras, ficando a Pasta encarregada apenas de fiscalizar o serviço funerário.

Por Folha do Sul