A polêmica Damares Alves deve ser a primeira ministra de Bolsonaro a visitar Rondônia


A POLÊMICA DAMARES VEM AÍ

A Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, uma das figuras mais polêmicas do governo Bolsonaro, pode ser a primeira do time principal do novo governo a visitar Rondônia. Advogada, pastora evangélica e educadora brasileira, coordenadora do projeto educacional do Programa Proteger, Damares aceitou o convite feito pelo governador Marcos Rocha, que a visitou na semana passada, para também pedir apoio a projetos sociais que serão desenvolvidos no Estado pela primeira dama, Luana Rocha, secretária de ação social. Embora seja tratada apenas como uma figura folclórica por parte da mídia e receba a ojeriza dos esquerdistas, que detestam o fato de Damares não viver sob o jugo do politicamente correto, como eles “exigem”, ela vem se destacando na vida pública nacional, cuidando dos mais necessitados e liderando programas de proteção aos que estão desassistidos. Ao receber do Governador informações sobre alguns dos planos de Luana Rocha para a área social, que dependerão também de apoio federal, a ministra Damares os considerou de grande relevância e garantiu que virá ao Estado para discutir com a administração estadual e especialmente com a secretária de Ação Social, programas para beneficiar a população que vive sob risco. A visita será agendada para as próximas semanas.

LULA: O PERIGOSO PRECEDENTE

Houve bom senso na decisão do ministro Dias Tóffoli em autorizar o encontro do ex presidente Lula com seus familiares, após o sepultamento do irmão de Lula, Vavá, falecido nesta semana? Pode parecer que sim, porque no geral a autorização serve apenas para um encontro familiar, em unidade militar, sem acesso à imprensa, sem uso de celular ou sem qualquer outro tipo de ação que pudesse ter ligação com questões políticas. É uma decisão que dá um toque de humanidade à dura pena a que o ex Chefe da Nação está condenado, em apenas um dos vários processos a que responde. Mais que isso, cumpre a lei penal, que em um dos seus artigos permite que o Judiciário, se assim achar correto, libere o preso para acompanhamento de velório e funeral de parente próximo. Mas há um grave problema nessa decisão: o precedente. Ora, se a lei atende a Lula, tem que atender à massa prisional. Por que um brasileiro teria o direito e todos os demais não o teriam? Esse é o perigo. A partir de agora, qualquer detento que esteja cumprindo pena, poderá pedir o benefício, já que há um claro precedente. Lula tem direito? Tem sim. Mas todos os demais 750 mil presidiários brasileiros também o tem. Vão poder utilizá-lo?

DIA EM QUE OS BANDIDOS PERDERAM

Pelo menos uma vez, eles saíram perdendo. Não foi o dia dos bandidos, que agem em turba em Porto Velho, nessa quarta–feira. Um deles decidiu assaltar a casa da mãe de um policial, no Jardim das Mangueiras. Acompanhado de outro bandido e de uma mulher, o criminoso, que andava pelas ruas assaltando e portando uma vistosa tornozeleira eletrônica, como tantos outros que saem da cadeia e continuam cometendo crimes, o bandido trocou tiros com o policial. Foi morto no tiroteio, mas antes baleou a mulher nas pernas. Seus comparsas fugiram, mas certamente serão logo identificados. Há suspeita que um segundo homem também usava tornozeleira. Em outros dois casos, os bandidões levaram uma surra, depois de detidos. Foram salvos pela ação da polícia. Um deles assaltava motoristas de aplicativos, o covarde. Outro, armado, andou atirando no meio da rua, mas errou e foi linchado por populares. Despoliciada, a cidade assiste à multiplicação de furtos, roubos, assaltos, violência doméstica. A população tem reagido, mesmo com todos os riscos. Os cabalas não respeitam a vida de ninguém e para matar não contam até três. Reagir nem sempre é o melhor caminho. Mas as vítimas não aguentam mais sofrerem caladas, diante de tantos bandidos, muitos deles usando tornozeleiras eletrônicas (aqui e em outras regiões do país) e continuando a praticar seus crimes.

ÔNIBUS: CRISE CONTINUA

O caso dos ônibus em Porto Velho continua sem solução. Uma das empresas do Consórcio SIM vai manter o contrato, mas não se sabe se os trabalhadores aceitarão fazer novo acordo, para voltarem às suas atividades. Está ainda tudo muito confuso, enquanto a população sofre sem transporte, numa crise que está chegando ao seu décimo dia. Além do povão, que é quem mais sofre, o comércio também começa a se desesperar. Lojas vazias nos centros comerciais demonstram que a situação já está afetando a economia da Capital. Na audiência desta quarta, na Justiça, a Prefeitura recebeu o prazo de 30 dias para lançar o novo edital para o sistema de transporte, que, na verdade, funcionava através de um contrato que nunca foi definitivo. Uma das empresas do Consórcio caiu fora, por não suportar mais um prejuízo mensal de mais de 2 milhões e 700 mil reais. Agora, além de tudo que está acontecendo, ainda uma onda de boatos torna pior a situação, incluindo a de que uma nova empresa de São Paulo viria para assumir o sistema, sem a devida licitação. Tudo papo furado, mas, à essas alturas do campeonato, piora ainda mais o clima no setor, que já é terrível. A quinta começa, de novo, sem ônibus circulando? Infelizmente, essa é uma possibilidade real.

PERGUNTINHA
O que você acha da maioria dos brasileiros pagarem até 27,5 por cento de Imposto de Renda sobre seus ganhos, enquanto milionários e bilionários pagam, em média, apenas 6,9 por cento como Pessoa Física, conforme denúncia do banqueiro Eduardo Moreira?