Prefeitura do Candeias deve reduzir estrutura e cargos para cumprir a Lei


O Tribunal de Contas do Estado (TCE) está fiscalizando e orientando os prefeitos para que a Lei de Responsabilidade Fiscal seja cumprida em Rondônia. As prefeituras precisam manter os gastos com a folha de pagamento em um patamar de 51% do Orçamento, para que sobrem recursos para investimentos que possam atender à população. Acontece que grande parte dos municípios ainda está passando por cima da legislação. 

O caso da Prefeitura de Candeias do Jamari chama a atenção, em meio ao trabalho desenvolvido pelo TCE, já que o município gasta 68,96% do Orçamento com pagamento de pessoal. Por conta disso as contas do ex-prefeito Júnior Silva, referente a 2016, foram reprovadas pelo Tribunal.

Pressionado, o prefeito Luís Ikenohuchi (DEM) disse que já começou a tomar as medidas administrativas necessárias para adequar o município à Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele explicou que reduziu a estrutura administrativa da prefeitura, com a fusão de secretarias e extinção de cargos.

“São medidas amargas, mas é preciso cumprir a lei. Recebi a prefeitura nessas condições e iniciei de imediato um estudo para que a readequação acontecesse. Logo vamos estar de acordo com a legislação”, disse Ikenohuchi.

De acordo com o prefeito, os servidores cedidos já voltaram para o local de origem e houve uma redução proporcional na remuneração dos cargos comissionados.

“Mas nem tudo está ruim. Nesse período saímos de uma inadimplência de dois anos e oito meses, período em que a prefeitura não podia receber nem mesmo dinheiro de emendas, a não ser para saúde e educação”, citou Luís Ikenohuchi.

O prefeito disse que agora, com a situação regularizada, a Prefeitura do Candeias deve receber neste ano mais de R$ 30 milhões em emendas, e que parte do Orçamento de R$ 46 milhões deste ano será utilizada na execução de obras que atenderão a população.

“Ninguém gosta de tomar medidas duras, como a de reduzir cargos, mas é preciso. Cumprir a lei e beneficiar a população deve estar em primeiro lugar. O interesse público deve ficar acima dessas questões”, acrescentou.

Ikenohuchi tem até o primeiro quadrimestre deste ano para readequar os gastos da prefeitura, caso contrário poderá ser responsabilizado.